A vibe de São Thomé das Letras

Como sou da área de humanas, sempre ouvi a associação da galera das humanidades com o que seria a vibe de São Thomé das Letras e fiquei curiosa. Durante a minha graduação, muito se falava da cidade. Seria um lugar de hippies, rolês baratos, maconha liberada e lugares com vistas incríveis. Foi no começo de abril que pude conferir se o estereótipo fazia sentido. Elenquei aqui algumas características que mais me saltaram aos olhos neste final de semana.

 

Andando por aí

Largo da Matriz
Foto por Ilaria Tosi

A cidade não é tão pequena quanto eu pensava, mas o centro é possível ser percorrido a pé e prepare-os, muitas subidas e descidas com pedras escorregadias. A dica de ouro é: use tênis! O incômodo de andar por entre as pedras, lembra as pedras do centro histórico de Paraty. Além disto, você está no centro e quer subir a um mirante, o tẽnis é indispensável. Existem trilhas por todos os lados.

 

Pedras por todos os lados

 

Cachoeira Garganta do Diabo
Foto por Ilaria Tosi

A região é famosa por pedras que são utilizadas em muitas construções e objetos, trazendo uma certa identidade arquitetônica da cidade. Desta forma, existem casas, igrejas, móveis e a própria calçada da cidade que são feitas com esse tipo de pedras. Ao redor da cidade, existem muitas pedreiras ainda em atividade. Até mesmo os souvenirs têm miniaturas de construções com este material.

 

O nascer e o pôr do sol

Foto por Ilaria Tosi
Foto por Ilaria Tosi
Pirâmide
Foto por Ilaria Tosi

É realmente um evento na cidade! Parece que todo mundo corre aos mirantes para ver o pôr do sol. Você pode conferi-lo no Cruzeiro, no Mirante, na Pedra da Bruxa, na Pirâmide; se for pensar os pontos turísticos mais conhecidos. Porém, a gente vi um nascer do sol incrível numa parte do parque estadual menos visitada e também paramos no meio da estrada, na entrada da cidade para ver ele se pôr.

Há de fato uma ligação muito forte em ver nascer e morrer o dia.

 

O tempo

Cachoeira Antares
Foto por Ilaria Tosi

Não sei racionalizar a percepção que tive do tempo, mas como uma boa cidade mineira e interiorana, a vida passa em outra frequência. Por mais que tenhamos feito passeios longos e visitado uma quantidade grande de lugares como bons paulistanos consumidores de cultura (veja bem, só eu era paulistana do grupo!), senti a minha relação com o tempo se modificar. Uma vibe mais slow mesmo, de curtir o que está acontecendo ao seu redor.

 

Cachoeiras

Cachoeira Antares Foto por Ilaria Tosi

As cachoeiras são incríveis demais e a boa é ir acompanhado de um guia. Existem cachoeiras que visitamos que seria possível irmos sós, mas é complicado quando não se conhece o lugar. Não é caro contratar um, então, garanta um pouco de tranquilidade. Eles sabem os melhores caminhos e te ajudam em tudo. O Tomé me ajudou muito em todo o percurso, dando apoio físico mesmo e me explicando melhores formas de agir, já que sou sempre aquela que empaca nas trilhas por mau condicionamento físico e por medo de altura. (Gente, me levem pra fazer trilhas! Eu sofro, mas eu faço rs)

 

Os moradores

Garganta do Diabo e o nosso guia Tomé
Foto por Ilaria Tosi

 

Como um bom turista, se deixe conhecer. Estamos chegando num espaço que é destas pessoas e devemos respeitá-los, da mesma forma, que devemos respeitar. Além disto, pense em tornar o seu turismo mais responsável e humanizado. Conversar com as pessoas, tomar um café e ouvi-las vai ter proporcionar incríveis trocas culturais. Aproveite o jeito mineiro que facilita ainda mais estas trocas. Vai por mim! Você descobrirá coisas incríveis sobre a cidade e a vida.

2 comentários em “A vibe de São Thomé das Letras

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