Diário de Bordo: Arraial do Cabo – dia 04: passeio de barco

No dia seguinte, pudemos acordar um pouco mais tarde já que o nosso passeio de barco era às 10h da manhã com saída na praia dos Anjos. Fomos a pé até lá para evitar o congestionamento e gastamos uns 45 minutos. Chegando lá, lembre-se de respirar fundo, pois aquilo é um caooooos! Quando você chega ao porto, existem plataformas específicas que você só entra se tiver a pulserinha da empresa que contratou e se tiver pago uma taxa de embarque à Marinha. (não se esqueça de pagar para acabar não perdendo ou atrasando o passeio!). Contratamos a Tubarão Rio por 50 reais por pessoa e logo descobrimos que eles estavam quebrando o acordo feito entre todas as empresas na pré-temporada, que é de cobrar 70 reais por cabeça como está posto num outdoor na praia dos Anjos com os outros valores de trajeto tabelados.

Conseguimos um lugar bacana na escuna, pois fomos uns dos primeiros a entrar. Mas já saiba que o esquema é deixar o barco lotar enquanto rola aquela música altíssima, com vários hits bregas <3

O combinado era fazermos três paradas: ilha do Farol, prainhas do pontal do Atalaia e praia do Forno; além de alguns pontos em que o guia passa em frente e comenta como a gruta azul. A minha grande expectativa era a Ilha do Farol e foi logo o primeiro lugar a pararmos.

Ilha do Farol

É uma praia controlada pela Marinha e por isso, existe uma série de regras a cumprir, como em relação ao número de visitantes por hora e o que você pode carregar na sua visita à ilha, por exemplo. Muitos reclamam que as regras são voláteis e que muitas vezes, a galera fica esperando com o barco e não consegue autorização para descer na praia. Tivemos sorte, pois quando a galera estava desistindo nos liberaram. Euzinha que me apaixonei por Arraial e queria ir lá exatamente por conta dessa praia pude suspirar aliviada e aproveitar os escassos 40 minutos de visita.

A água é super azul, daquele jeitinho caribenho que eu não conheço risos. A areia é incrivelmente branca e aquele conjunto se torna de uma beleza surreal! É encantador demais demais! Não tenho palavras pra descrever como amei aquele lugar. Ali, também existe preservado um sambaqui, que muitos arqueólogos entendem como um cemitério dos povos sambaquieiros, que povoaram o litoral brasileiro num período que convencionamos chamar de pré-história.

Já estava me esquecendo de contar que contávamos naquele momento com um bote furado. Siiim, um bote furado que já saiu furado do porto e a galera fez uma gambiarra para o mesmo seguir assim. Sobrevivemos ao bote com sucesso!

Prainhas do pontal do Atalaia

As prainhas do pontal do Atalaia na maré alta acabam se tornando uma só e o seu acesso que anteriormente era feito tão somente por barco, se popularizou com a construção de uma escadaria com mais de 400 degraus. Se você vier de carro, precisa entrar pelo condomínio pontal do Atalaia e aí deixar o carro num estacionamento improvisado na beira da escadaria.

O barco nos deixou no meio da praia, que é de um mar transparente e tranquilíssimo. A água é geladinha, mas nada congelante. Tivemos pouquinho tempo de parada lá, mas o que enroscou de fato, foi que houve uma confusão na contagem e faltavam aparentemente, três pessoas e numa recontagem, apenas duas. Gastamos quase 1h enquanto a galera tentava achar essas tais duas pessoas que até hoje não sabemos se realmente viajaram e ficaram por lá ou não. Ninguém do barco disse saber se tinha gente na praia. Essas são as emoções de uma viagem em grupo com pessoas desconhecidas!

Com esse enrosco, a nossa parada na praia do Forno foi deixada de lado e acabamos voltando. Mas como já conhecíamos a praia, não foi tão decepcionante.

Em tempo, vale ressaltar que no barco tem água à vontade e dá pra comprar bebidas e espetinhos. Para os vegetarianos, só queijo coalho. Então, vale levar a marmitinha que é a melhor amiga dos veggies <3

 

 

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