Um sonho realizado chamado Portugal

Por Thaysa Coutinho

 

Um dos meus maiores sonhos era ir pra fora do país. Um sonho que parecia distante, beeeeeem distante e sem previsão nenhuma de se tornar realidade até que um dia eu decidi fazer acontecer.
Uma coisa é certa, eu já estava planejando realizar meu intercâmbio, mas o destino ainda era incerto e tudo dependia das entrevistas que eu tinha feito e as outras que ainda iria realizar nos primeiros meses do ano.

Foi aí então, que em fevereiro de 2017 meu destino foi decidido: Portugal. Era o país que eu desejava ir desde o começo, principalmente, pela proximidade do idioma e pelas oportunidades de trabalho que mais combinavam com a minha área de atuação.
Passei na entrevista para trabalhar no Porto e não pensei duas vezes em agarrar essa oportunidade e ir. Confesso que teve alguns dias que pensei em desistir, pois tinha acabado de me reencontrar com uma pessoa que estava morando fora por muito tempo. Mas, meus objetivos já tinham sido traçados, e me agarrei forte no pensamento: o que tiver que ser, será. E fui.

 

Posso dizer que os 3 primeiros dias num país diferente, morando com pessoas de outros lugares do mundo, que falam idiomas completamente diferentes foram bem difíceis (sem contar no fuso horário, né). Estar ali sozinha, num lugar que eu nunca vi, passar por ruas totalmente desconhecidas, entrar no mercado e ver marcas de produtos que nunca tinha visto me assustaram bastante, mas também me fizeram sentir uma sensação de liberdade e independência que eu não sei explicar. Afinal, eu estava ali por um tempo determinado, seriam apenas 2 meses e meu trabalho começaria na semana seguinte, por que eu iria me permitir ficar triste por estar longe da minha família, amigos e namorado? Eu finalmente tinha conquistado vários sonhos de uma vez só: morar sozinha, trabalhar no exterior e conhecer outro país.
Finalmente tinha aberto minhas asas com uma conquista 100% minha e foi assim que eu encarei os dias seguintes dessa experiência.

Conheci pessoas de vários lugares do mundo (Paquistão, Chile, Itália, México, Eslovênia, Estônia, Bélgica, Alemanha, Polônia, República Tcheca), aprimorei meu inglês, viajei para Guimarães, Braga, Aveiro, Lisboa, Barcelona e Madrid (algumas dessas viagens, eu fui sozinha), comi comidas diferentes, senti odores exóticos, bebi vinhos de todos os tipos, passei por lugares que só tinha visto em fotos e o melhor de tudo, me conheci melhor.

Viajar sozinha é uma mistura de apreensão no começo, alguns medos e receios, mas depois que você se entrega é uma sensação de satisfação tão grande com você mesma, um sentimento de que você pode ir além e que o mundo está cheio de coisas que ainda devem ser exploradas, cheio de pessoas boas que vão deixar saudades, cheio de histórias que estão esperando para acontecer.
Não é a toa que dizem que viajar te torna mais rico.

Hoje eu me considero uma mulher ainda mais forte, com mais experiências e com novos objetivos a serem alcançados. Sei que eu posso ir além e que todas nós podemos.
Se vale uma dica, eu digo a vocês: se entreguem para o mundo! Se entreguem para a vida! O medo nunca nos levará a lugar algum.

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