Documentário Vai Sozinha? conta a experiência de mulheres viajantes

Jornadas inspiradoras de mulheres viajantes pelo mundo, te esperam nesse documentário produzido pela TV Brasil em Homenagem ao Dia Internacional da Mulheres

No início de fevereiro, recebi uma ligação da assessoria de imprensa da universidade em que sou pesquisadora, a Universidade de São Paulo (USP), e fiquei atônita com o convite para participar de um documentário desenvolvido pela TV Brasil, chamado Vai Sozinha? para o programa Caminhos da Reportagem.

A jornalista e mulher viajante Pollyane Marques: da reportagem à edição

A jornalista Pollyane Marques

A jornalista Pollyane Marques, conhecida nas redes sociais pelo seu perfil do instagram Viaja, gorda, trouxe o tema mulheres viajantes para o programa Caminhos da Reportagem, como uma forma de debater a autonomia das mulheres.

O que querem essas mulheres viajantes?

Mães e mulheres viajantes

“Eu estava mais preocupada em ler livros e viajava através da literatura. Em algum momento eu consegui perceber que conheceria melhor os livros que eu lia se eu fosse conhecer os lugares onde eles tinham sido escritos, onde as histórias se passavam. Foi mais ou menos, quando fui fazer a Transiberiana com a Olívia com dois anos de idade.” Cada uma tem a sua motivação, mas assim como a professora Gabriela Antunes, que fez um percurso de 41 dias sozinha com sua filha, atravessando a Rússia, o que muitas mulheres querem é ultrapassar as barreiras do lar e expandir seus horizontes viajando.

A professora Gabriela Antunes e sua filha Olívia

Sem limite de idade para mulheres viajantes

A assistente social aposentada Jô Feitosa, é uma delas. , depois de três décadas dedicadas ao trabalho no sistema penal do Ceará e cuidando sozinha dos filhos, decidiu ganhar o mundo. Já visitou 47 países e fez amigos por onde passou “É maravilhoso você ter essa idade. Eu ganho muito respeito. Eu acho que tem muita gente que olha pra mim e talvez goste da minha estampa. Talvez o meu índice de simpatia seja alto.”. Sendo assim, ela conta que tinha medo de sofrer preconceito pela idade e por ser uma mulher negra, mas que até agora isso não aconteceu. 

A aposentada Jô Feitosa

Desde quando podemos ser mulheres viajantes com autonomia?

De acordo com a historiadora e pesquisadora da USP, Thaís Carneiro, criadora do Mulheres Viajantes, nos lembra que hoje comprar uma passagem e sair por aí é algo normal, mas que nem sempre foi assim. “A gente não para pra pensar que isso não é natural, que isso é uma conquista, que foi uma conquista de movimento popular, que foi o movimento feminista. No Brasil a gente só teve acesso à viagem sem autorização do marido, do pai, na década de 60, em 1963”. E conversamos também com a psicóloga e pesquisadora da USP, Mariana Afonso, que fala como esse movimento das mulheres buscarem mais espaço também viajando é reforçado pela conexão que acabam fazendo com elas mesmas, num espaço com menos julgamentos e menos tarefas designadas a elas. 

A historiadora Thaís Carneiro

Negra, gorda e viajante

Beatriz Caixeta também é uma mulher negra e gorda e que decidiu viajar após a morte do pai. Para ela, uma das fórmulas da viagem solo ser um sucesso é focar no planejamento e na segurança. “Mesmo saindo à noite, indo para a balada,  eu sempre me preocupo muito com a segurança. Então, se eu vou pegar um Uber para um lugar mais longe eu tenho um contato de segurança, que no caso é minha sobrinha. Aí nas viagens ela fica recebendo mensagem a torto e a direito”.

Beatriz Caixeta, criadora de conteúdo no Aonde Vai Beatriz

Outras mulheres viajantes que participaram do documentário: Vai Sozinha?

Fernanda e Noelma Biasin, criadoras do OMundoElas
Ana Flávia Vieira, criadora de conteúdo no Pela Galáxia
Melina Reis, criadora de conteúdo 4ppelomundo

Confira do Documentário Vai Sozinha? sobre mulheres viajantes

Ficha técnica:
Reportagem Pollyane Marques
Produção Deise Machado, Luise Espinosa e Pollyane Marques
Apoio à produção (Rio) Ana Passos
Imagens Bianca Vasconcellos e Gilmar Vaz do Carmo
Apoio às imagens (Rio) João Victal e Yuri Freire
Auxílio técnico Caio Araujo
Videografismo Eudes Lins
Edição de imagens e finalização Maikon Matuyama
Roteiro Pollyane Marques
Edição Pollyane Marques e Bianca Vasconcellos

As fotografias foram enviadas pela divulgação da TV Brasil.

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