24h sozinha no Rio de Janeiro?

Eu venho ao Rio, praticamente, uma vez ao ano desde 2009, quando meu pai veio a trabalho pra cá. Desde então, talvez, eu tenha vindo umas 10 vezes em diferentes situações. Vim para o típico rolê família, um curso no Museu do Índio, feriado sozinha, férias com o marido.  Quando eu paro pra pensar a quantidade de lugar que eu quero conhecer, já me dá ansiedade.  Aquela síndrome que chamam de FOMO, Fear of missing out.

A última vez que eu tinha ido ao Rio de Janeiro sozinha foi pelos idos de 2013. Eu estava sofrendo com o término de um relacionamento abusivo. Tinha ido sozinha apenas por falta de companhia e estava me sentindo só, solidão mesmo. Mas eu queria encontrar algo ou alguém que me distraísse. Numa caminhada pelo Jardim Botânico, encontrei colegas de faculdade e passei o resto do final de semana fazendo praticamente tudo com eles. A viagem foi incrível e foi uma válvula de escape. Assim, eu não tinha tempo para pensar.

2017. Eu voltei ao Rio para a realização do III Mulheres Viajantes vai às ruas, a primeira edição fora de São Paulo, minha cidade natal. Vim duas noites antes do meu marido para resolver questões vinculadas ao blog e ao encontro e foi ótimo! Estava eu novamente sozinha no Rio de Janeiro e havia se passado quatro anos. Eu estava em paz. Planejei a viagem para que eu ficasse de fato 24h circulando pelo Rio sozinha. E o que eu fiz?

Fui ao Boteco Cabidinho. Sim, fui a um bar sozinha e foi uma experiência bem diferente e incômoda. Era a minha primeira ida ao bar para beber sozinha na vida. Senti um olhar estranho de alguns garçons e houve um comportamento bem constrangedor de um senhor que ficou me olhando o tempo todo.

No dia seguinte, pensei em todos os meus lugares preferidos e os que eu gostaria de conhecer e me lancei. Uma loucura de dia. Fui ao Parque das Ruínas e ao Museu Chácara do Céu pela manhã. Almocei no melhor restaurante da vida, o Refeitório Orgânico de Botafogo, comida vegana e orgânica a um valor justo. Passei a tarde na praia da Urca e no Parque Lage. Fechei o meu ciclo sozinha neste ponto, pois fui conhecer uma queridíssima, a Natasha de Pina da nossa série querida, a Figura.

Muitas vezes quando estou só, faço diversos passeios e visitas. Por vezes, faço tudo de um modo mais calmo e sorvo aos poucos este caldo. Como muito dos lugares eu já conhecia, aproveitei para dar um pulo cheio de amor.

E você, costuma viajar sozinha?

 

Foto por Mariana Parga

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