Sobre viajar sozinha e não estar só

Por anos, sempre quis viajar mas me sentia mal por não ter companhia. Enxergava o ato de viajar muito mais do que uma possibilidade, mas uma prioridade. Inegavelmente, sempre tive a possibilidade de viajar, pois meus pais programavam viagens por semestres para as nossas férias escolares. Porém, o hábito deles estava ligado à repetição, o que me incomodava consideravelmente e aí comecei a pesquisar novas possibilidades. Um relacionamento amoroso abusivo acabou por podar a minha vontade durante alguns anos.

Quando por fim ele acabou,  me senti livre e mais do que nunca, disposta a viajar. A princípio, me senti assustada. Nunca havia viajado só e me sentia extremamente fragilizada à época. Mas o comichão da vontade de viajar me pegou e lá estava eu em julho comprando uma passagem em promoção para dali a duas semanas para voltar a Buenos Aires, lugar que eu havia conhecido três anos antes em um intercâmbio de língua espanhola.

O que senti naquela viagem e em outras que fiz posteriormente, sozinha, foi a de que eu nunca estava só de fato. Sempre viajei de coração aberto com a disposição de conhecer novas pessoas e explorar lugares, o que favoreceu os amigos feitos pelo caminho. Tenho amigos até hoje das viagens que fiz, amigos que de tão coração aberto que são, sempre me lembram que estão dispostos e disponíveis para me receber.

As surpresas do caminho não decepcionam.

Por enquanto, não tenho viajado mais sozinha. Tenho um companheiro há dos anos que nutre a mesma paixão do que eu e desta forma temos nos jogado juntos nas viagens. Tornou-se de fato um item orçamentário. Enfim, tornei o viajar um hábito e convenhamos a gente quer sempre mais!

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5 comentários em “Sobre viajar sozinha e não estar só

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